Apresentação

Meu nome é Tobias Laney, tenho 27 anos, antes psicólogo agora fugitivo. Fujo agora de mim mesmo, e das pessoas que me rodeiam. Neste dia 1° de Janeiro percebi que estou só, com muitos a minha volta. Nenhum amigo, mas muitos puxa-sacos, todos atrás de um saco de moedas. Decidi pegar a minha moto e deixar tudo para traz: profissão, casa, cidade. Para queimar os pneus no asfalto a procura de algo que não compreendo ou de sei la o que. Podem achar que estou louco e estão certos, mas afinal: do que adianta loucuras se não haver testemunhas?Por isso fiz este diário, para que alguém seja testemunha desta loucura.

Sabado - 3 de Janeiro de 2009

sábado, 3 de janeiro de 2009

Estou ainda em Cristal, as manutenções da moto demoraram mais tempo do que eu imaginava. O celular não parava de tocar nas primeiras horas, depois de um tempo, até esta hora já não tocava mais... Talvez já me esqueceram, ou não fazem muita questão de lembrar.
Visitei uma Praça perto do hotel onde estou hospedado, vi muitas famílias aproveitando o feriado, mas nas horas em que passei observando: um senhor aparentando uns 80 anos, estava sentado solitariamente, porem quando viu que a nossa situação era semelhante sentou ao meu lado falando sobre a vida. Contou-me que quando era jovem, foi preso por um crime que não cometeu seus familiares e amigos nunca mais o procuraram. Passou boa parte de sua vida na cadeia, porem o verdadeiro criminoso foi pego e o governo quis se retratar pagando uma generosa indenização. O velho senhor, disse que sentiu mais ódio dos amigos e familiares do que o próprio governo que o condenou injustamente. Após 30 anos depois do ocorrido, já hoje em dia, diz ele que se arrepende amargamente por não ter perdoado os amigos e familiares, pois assim hoje ele não seria um velho solitário. Atualmente ele viaja o mundo procurando algo para tapar esse vazio que hoje sente. Na verdade nossas historias tem algumas coisas em comum, porem meus amigos tornaram meus inimigos desde que me tornei rico: maior prova foi meu sócio e melhor amigo que tentou me passar para trás em nosso próprio negocio. Quase perdi tudo se eu não tivesse ganhado a causa na Justiça. Em uma coisa eu e o velho senhor solitário concordamos com total afirmação: o dinheiro nos faz solitários.

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